sábado, 14 de julho de 2012

Escuridão

Ó noite onde as estrelas mentem luz, ó noite, única coisa do tamanho do universo, torna-me, corpo e alma, parte do teu corpo, que eu me perca em ser mera treva e me torne noite também, sem sonhos que sejam estrelas em mim, nem sol esperado que ilumine do futuro.

Fernando Pessoa
Escuridão

À noite na alma; arremete a ceguidade.
O escuro do isolamento a faz ignorante
O corpo e cerne se jogam a adversidade
Permanece o abismo de treva infectante!

Precisa-se ter a urgência de uma lucidez.
Abissal o blecaute que chega e deprime
No fim do túnel do coração há sensatez
Que acende a noite que a alma reprime!

O brilho falso não leva a lugar nenhum
A estrela perde essa luz na encruzilhada
O sonho é enterrado a beira da estrada!

Ligue sua estrela, ela tem uma luz própria.
Proíba o universo escuro que dele e arde
Ilumine o agora na espera do mais tarde!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 14/07/12

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