sábado, 3 de março de 2012

NEPOTISMO POÉTICO

Nepotismo poético

Governa o silêncio; só ele e a imaginação
Passa o tempo, também atravessa o vento
E Grita silenciosamente o brado do coração
No palanque da alma detona pensamento.

A palavra concursada vem, ocupa a boca
A mão na escuta; convoca agora os dedos
A expressão se incute de uma forma louca
O verbo se denuncia em anseio e segredos.

O papel não deixa passar em branco; é voz
O berro do imo sai bem escrito, em negrito
Mesmo lido com os olhos é reforçado grito

Inacabadas sessões no parlamento interior
A lei do sentimento não proferida é avaria
Lícito; nepotismo é compleição na poesia.



ღRaquel Ordonesღ .

Uberlândia MG- 01/03/12

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