terça-feira, 19 de setembro de 2017

Nas asas da poesia


Nas asas da poesia

Pena? _Não. Só há uma ventania,
É fonia por dentro: quente e amena,
Acena imaginar em demasia,
Histeria de verso; desordena.

E despena minha alma, extrai e copia,
Seria o tal plainar em linha e cena.
Arena em flor, pecado, ave-maria,
Iguaria de anseio, até obscena.

Terrena, célica essa tal sangria?
Periferia ou centro nada apequena,
Plena, absoluta. Late, uiva e pia.

E teoria alguma aclara; epicena.
Morena que avassala; a poesia,
Arrepia. Versar: voo que aliena...

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG



foto: Greg Ordones

arte:  Dequete

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