sábado, 18 de fevereiro de 2017

Calembur

Calembur

Eu rio, mas se sou rio, longe do mar,
Amar; vela que acende, ascende a vela,
Ela uma coragem, sou ela a navegar,
Morar no nada e nada em aquarela.

Gela se casa e não está em casa,
Em asa leve, que o seu sonho leve,
Breve a serra que cerra visão rasa,
Vaza a pena. Que pena, mas se atreve!

Escreve um conto; conto; um, dois e três,
A tez eriça, iça no canto um canto.
E levanto; acento no assento? Espanto!

Tanto cinto, que sinto, não; talvez,
Xadrez a calça; e calça bota torta,
Na torta bota vil “sarin”, viu a morta.


Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG

Um comentário:

  1. Gosto desse esquema de rimas que vão se encadeando e as vezes coroando cada verso! Alguns textos apresentam boas aliterações e metáforas com mensagens subentendidas e gostosas de ler! Gostei de tudo o que li aqui!

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