segunda-feira, 21 de março de 2016

Amar(elou)

Amar(elou)

As nuvens amarelecem se o sol se pôs ou despontou,
E o crisântemo na janela fez alguns passos de dança,
O canário fez seu canto costumeiro, bateu asas, voou,
A borboleta dourada de leve pousou em minha trança.

Cortinas amarelas se mostram do lado de fora da porta,
Tocando despercebidamente nas pétalas daquele cravo,
O ipê da entrada é casa dos pássaros, ninguém o corta,
E a preciosidade do ouro tornou o homem seu escravo.

A flor da minha pela é tão intensa, maior que girassol,
A Bandeira Nacional sem ela seria de grande pobreza,
Eu fico com água na boca: bolo de fubá sobre a mesa.

No pote de melado a abelha e o rapaz, latinha de Skol,
E em cada verso desse escrito tem um tom de amarelo,
É meio bobo; se juntarmos as imagens talvez fique belo.


ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG – 15/03/16
Soneto infiel – sem métrica

Nenhum comentário:

Postar um comentário