quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Não me diga que...

Não me diga que...

Nunca cometeu um erro, ainda que pequeno,
Nunca esquivou de tudo sem qualquer ferida,
Que a sua voz malogrou em estranho terreno,
Que do nada se achou com su’alma perdida.

Nunca quis seguir por uma estrada sem fim,
Nem tomou um porre para esquecer alguém,
E não me diga que o seu não nunca foi  sim,
Não me diga que nunca lesou, perdeu o trem.

Não me diga que jamais teve qualquer medo,
Não me diga que não tirou desejos do sonho,
E que nunca choramingou com jeito risonho.

E não me diga que jamais contou um segredo,
Que nunca descumpriu a palavra ou juramento,
E que ninguém jamais roubou seu pensamento.

Raquel Ordones
Uberlândia MG  


Soneto infiel- sem métrica

Um comentário:

  1. Jamais aconteceu isso comigo...
    Fui duro, hoje não sou, nem sei por quê.
    Quero ser forte, porém não consigo,
    depois, depois que conheci você.

    Gilson Faustino Maia

    ResponderExcluir