quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Eu queria ser (sua) poesia

Eu queria ser (sua) poesia

Sabe aquela poesia que fala de uma grande ternura?
Aquela que é intensamente declarada com sutilezas?
Sabe aquela poesia que carrega a gente para a altura?
Aquela diária com palavras sem rotina e há certezas?

Sabe aquela poesia cuja linha não chega a um ponto?
Aquela onde vírgula é somente pausa e a gente beija?
Aquela sem interrogações; exclama o amor e pronto?
Sem aspas, clara para que só sentimentos a gente veja?

Sabe aquela poesia onde a gente, somados só dá nós?
Onde a entrelinha diz muito mais que toda expressão?
Sabe aquela poesia explicita onde não há imprecisão?

Então, queria ser sua poesia, a gente fosse uma só voz,
Queria que a gente fosse criança em nossa maturidade,
História, sensações e anseio não obstante à nossa idade.

Raquel Ordones
Uberlândia MG 22/09/15

*soneto infiel – sem métrica

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