segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Venha ver a lua comigo

Venha ver a lua comigo

Sente-se aqui comigo, venha ver quanta beleza,
Sei que com a correria da vida, o tempo lhe falta,
Contemple-a; quão grande é e com tanta leveza,
Não desvencilhe os olhos da lua faça-a sua pauta.

Em sua solidão encantadora é primoroso adorno,
Sempre linda em sua maquiagem e em suas fases,
Perceba como é abissal em seu fulgor e contorno,
Absoluta de si, singular em pluralidades e crases.

Então, sente-se comigo; a lua me parece tão nova.
Tão cheia de mistério, tão crescente de formosura,
E ás vezes é vista minguante na extensão da altura.

Sente-se aqui comigo, e se me beijar a lua aprova,
Observada e voyeur reflete amor se faz completa,
Ciente de que o sol não vem, faz-se musa do poeta.

Raquel Ordones
Uberlândia MG 29/08/15

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