segunda-feira, 28 de abril de 2014

E o desejo?

E o desejo?

De onde vem essa força tamanha, estranha?
Inútil mesmo é tentar gladiar com esse poder
Que eriça nossa superfície, ganha e reganha
Sobe a terra ao céu, faz o céu a terra descer.

É devorador, ser domesticado é sem chance
E nos toma de assalto bagunça as estruturas
Incomoda nossa carne causa a ela avalanche
Invade o pensamento; martela nossas lisuras.

Desejo: como pode? Se até move a montanha
É um começar de algo que quer ver logo o fim
Um não saber ansiar sem qualquer barganha.

_Desejo: e quem é você que assola o mundo?
Que tira do ser o sossego, o faz ardente assim
Sentir seu frêmito é superficial e tão profundo.

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 25/04/14


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