sábado, 16 de fevereiro de 2013

Senilidade muda


Senilidade muda

Nas manhãs frias, ela ali, sentada ao sol
E uma paixão aquecia o inverno da alma
Lá na esquina virando, ele e seu cachecol.
O seu coração se acelerava e batia palma.

Naquele encontro se via a chave de tudo
Que a idade para o sentimento não conta
Mapa que era pintura de um amor mudo
Uma linguagem que faz da pessoa tonta!

Tontos nos gestos, e entrega verdadeira.
O tempo invejoso não consegue escutar
E aquele sentimento falava com o olhar!

São braços que se abraçam sem palavra
Lábios que se beijam com verbo em ação
Madurados e amor absoluto no coração.

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 16/02/13


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