Meu soneto é inspirado nesse escrito de Adélia Prado deixado pela poetisa Anorkinda como sugestão de mote

“minha alma é um bolso onde guardo minhas memórias vivas

Memórias vivas são aquelas que continuam presentes no corpo

Uma vez lembrada o corpo ri, chora, comove-se e dança

O que a memória amou fica eterno!” (Adélia Prado)

Arquivos de mim

Em meu coração há um recipiente transparente

De olhos abertos ou fechados consigo enxergar

É a minha alma em todo tempo viva e presente

E tudo da minha vida é lá que vai se armazenar!

Coisas que me fizeram e ocorrências que eu fiz

Coisas que senti e causei sem querer a alguém

Momentos vividos: a parte triste e a parte feliz

Pessoas que amei; sentimentos que vão além!

Lembrança que chega da minha alma tatuada.

Renasce-me cada momento em mim é história

Grita e apavora a minha pele por sentir tocada.

Memória: guardo na alma longe de ser inverno.

É algo quente, sempre vem à tona e me incita.

O que lá está conservado toca porque é eterno!

ღRaquel Ordonesღ

Uberlândia MG 02/06/12