quinta-feira, 7 de junho de 2012



Diferentemente da Oficina irritada de Carlos Drummond de Andrade
Eu queria compor um soneto doce e pintá-lo em tons vivos, fecundo, envolvente e de deliciosa leitura.


Queria pintar um soneto

Em matizes vibrantes queria pintar um soneto
O vermelho seria a retratação dos sentimentos
Eu não gostaria de usar sequer um ponto preto
Transportar ao pincel a translucidez dos ventos

Em alvo pintaria versos que discorresse de paz
Quem sabe um quarteto de calmaria por inteiro
Azul: eu pintaria o céu do soneto se fosse capaz
A estrela em ouro; a lua flicts pintaria primeiro.

Queria pintar um soneto, a dispersão de guache.
Cada verbo de esperança seria o verde-floresta
Pintaria um terceto com luzes e cores de festa!

Sei que não impetraria essa proeza; só em sonho.
Meu coração se abre em tons e noto dessa janela
O soneto é painel em minha alma: elegida tela!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 07/06/12

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